“A Resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” – Provérbios 15:1

Para ilustrar a palavra de hoje, gostaria de fazer você lembrar de algo que no trânsito usamos muito: A buzina!! Você já parou para pensar que a buzina de um carro pode ser uma arma.

Pensemos: Para que serve a buzina? Quase sempre, a razão de sua existência e utilização é para avisar ao outro que ele deve sair da frente, porque você está chegando e não quer fazer concessões, ou seja, parar, desacelerar ou desviar seu percurso original.

Você já parou para pensar que o trânsito poderia ser mais seguro se não existissem buzinas? É verdade, sem buzinas, diante de qualquer possível obstáculo ou ameaça você desaceleraria, pararia, ou desviaria seu percurso, normalmente, de modo a evitar um choque, uma batida.

Na verdade a buzina funciona como um grito de incompreensão contra as adversidades ou intenções contrárias às suas. Ao invés de você parar para pensar nas razões que podem levar alguém a querer mudar de faixa, ou parar bruscamente, ou permanecer parado em um farol que ficou verde, ou simplesmente tentar atravessar uma rua movimentada, com a buzina você diz: “ Não faça isso porque eu estou passando.”

Em síntese, com a buzina você tira de você a responsabilidade de evitar o choque e transfere para o outro. Se o choque ocorre, você ainda diz: “ Mas eu buzinei!!”

Mas existem ainda situações mais graves ainda, é quando você usa a buzina para dar lição de moral em alguém que você julga, em sua visão, ter feito algo errado, mesmo que você já tenha feito a mesma coisa por diversas vezes no passado.

Não importa, o que interessa é que naquele instante você se sente no direito de simplesmente usa-la como um grito de protesto contra o mundo.

Amados estou falando tudo isso sobre a buzina, para mostrar que muitas vezes em nossos relacionamentos pessoais, seja no trabalho, em casa ou com amigos, você e eu temos uma buzina mental que funciona da mesma que as dos veículos.

Se paráramos para pensar verificaremos que diante de idéias ou intenções que são contrárias às nossas, Eu e você acionamos essa buzina e com isso, anunciamos da mesma forma que no veículo, que não estamos dispostos a fazer concessões, deixar nossa posição, ou pensar de modo diferente.

Sabe amados: Da mesma forma que no trânsito, muitas são a vezes que com nossas atitudes transferimos a responsabilidade de evitar um possível choque ou conflito para o outro!! E se infelizmente o outro não perceber que o choque é iminente, será tarde demais para evita-lo!!

O som que nossa buzina mental emite é diferente da do veículo, mas cumpre a mesma função, ou seja, a de expressar sua incompreensão com os desejos ou idéias do outro, ou ainda de nem mesmo ouvi-las.

Amados precisamos parar para pensar nisso, é um absurdo as atitudes que muitas vezes tomamos em relação aos outros!! Te tanto que amamos!!!

À vezes, nossa buzina mental ela é mais suave, mas tão incompreensivas quanto as mais estridentes buzina dos carros!!

Dizemos muitas vezes sua idéia é interessante, mas é melhor seguirmos o meu conselho!!

Quantas são as vezes que enquanto o outro expõe suas idéias e sentimentos, você e eu estamos tão certo de que tudo aquilo é besteira ou impressão dele que nem mesmo paramos para ouvir o outro, pois já estamos pensando na resposta que vamos dar.

Amados, quando nós acionamos a buzina mental, você não toma uma atitude mais responsável e respeitosa de desacelerar, de desviar um pouco o curso com vistas a evitar o choque de interesses, com a buzina acionada é quase sempre impossível você e eu tomarmos uma postura de cautela e de questionamento sobre as razões da outra parte estar agindo ou pensando dessa ou daquela forma.

O texto que lemos diz: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

Pare e pense: Somente com a buzina desligada, você será capaz de emitir sons como:

• Você poderia explicar melhor sua idéia?
• De que forma nosso relacionamento poderá melhorar?
• Como poderíamos resolver este impasse?

Assim como nas ruas, sem a buzina mental seu “trânsito“ nos relacionamentos interpessoais será sempre mais seguro.

Você estará sempre pronto e no controle das situações, evitando desgastes desnecessários, abrindo-se para o diálogo, para o entendimento e, principalmente, para olhar as coisas do ponto de vista do outro.

No trânsito, pode ser que aquela mudança brusca de faixa esteja sendo motivada pela urgência em deixar o filho no médico ou na escola. No relacionamento, aquela atitude um tanto quanto dura ou direta demais não passasse de falta de sabedoria para dizer uma verdade.

Pense: Não acionando a buzina, você para um pouco para pensar que essa é uma das possibilidades possíveis, e que justificariam a atitude, mesmo que ela seja exposta de forma inadequada. E, de forma compreensiva, lembre, reflita, que você poderia estar no lugar do outro.

No livro de Provérbios 25:15 diz: “Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda quebranta os ossos. (amolece até os ossos).

Percebam os irmãos que você pode até no momento adequado, falar ao outro da necessidade de maior cuidado nas palavras, nas atitudes dele, uma vez que as mesmas podem colocar em risco a vida de outras pessoas.

Mas naquele momento, a buzina funcionaria como a “ palavra dura “ do texto de provérbios, citado acima. Perceba que a palavra mansa no trânsito complicado de nossas vidas é um aceno de mão indicando: “pode passar“.

Fazendo isso, você conquista do outro a credibilidade e o respeito necessários para lhe corrigir no momento oportuno.

No livro de Lucas 8:18 a Palavra nos adverte a ouvirmos da forma correta: “Vede, pois, como ouvis.”, nesse caso a Palavra não está falando de escutar, mas ouvir, da atitude com que se absorve o que o outro falou.

A atitude cristã mais correta nesse caso seria ouvir guardando no coração, sempre, fazendo assim você e eu não vamos errar.

Meu irmão, minha irmã, pense nisso. Aprenda a desligar sua buzina e tenha relacionamentos mais seguros e harmônicos, e uma direção muito mais segura e em linha com a Palavra de Deus.