Apocalipse 2:1 “Isto diz aquele que tem na sua mão direita as sete estrelas e anda no meio dos sete castiçais de ouro.”
O apóstolo João escreveu por volta do ano 95 as cartas às Sete Igrejas de Ásia, num momento aonde os Cristãos eram perseguidos pelo Império Romano.
Era um tempo de tribulação e angústia, mas a palavra do Senhor foi enviada ao seu povo através do Apóstolo para consolar, exortar e edificar o Povo, mostrando aos filhos de Deus que o inimigo por mais que se fortalecesse e quisesse destruir o povo de Deus.
Ele não prevaleceria, pois Cristo voltaria a terra para concluir o estabelecimento do seu Reino. Esta é a mensagem do Livro de Apocalipse que foi escrita tanto tempo atrás e que chega hoje até nós, para nos mostrar que o propósito de Deus é eterno.
Ou seja, também nos dias de hoje verificamos que o inimigo se fortalecesse, tenta de todas as formas destruir o Povo de Deus, mas não devemos temer, nem ficarmos aflitos, pois a Palavra continua sendo a hoje.
Ele não prevalecerá contra os Ungidos de Deus, a mesma Palavra de promessa continua até hoje: Jesus voltará e o estabelecimento do Seu Reino será concluído!!
Vamos começar hoje verificar alguns detalhes referentes a estas cartas escritas, para extrairmos lições para Igreja de nossos dias!!
As sete cartas têm estruturas semelhantes e alguns detalhes em comum, por isso, podemos ter uma visão geral das cartas, sem precisarmos analisar cada uma delas.
Por ser um tempo aonde à perseguição era muito grande, portanto, era um tempo de muita tribulação e angustias, as aflições pelas quais os Cristãos passavam naqueles dias, gerava muitos questionamentos nas mentes das pessoas, principalmente nos mais fracos.
Questionamentos tais como:
Será que o Senhor desamparou a sua Igreja?
Será que ele se esqueceu de nós, ou não está vendo o nosso sofrimento? Perceba que são questionamentos que muitas vezes surgem em nossas vidas hoje!!!
Mas percebam que o Senhor vem desfazendo estes questionamentos no momento em que ele diz no livro de Apocalipse que: “Contudo, o Senhor Jesus anda no meio dos sete castiçais de ouro”, que são as setes Igrejas, portanto, fica claro que Ele não está distante em momento nenhum da Sua Igreja.
Deixa Claro que Sua presença é uma realidade no meio do seu Povo. E diz mais no texto que estão também mão de Cristo as sete estrelas, referindo-se aos sete líderes das Igrejas. Deixando claro e evidente que tanto o Povo como, os lideres das Igrejas gozam de toda atenção e cuidado, além de estarem sob o controle e o Senhorio do Mestre.
Então a Igreja dos nossos dias pode ficar certa que o mesmo acontece hoje conosco que fazemos parte da Igreja do Senhor: O Senhor esta com o Seu Povo e Seus Líoderes, e como fazia nos tempos do Apcalipse ele passeia no nosso meio da Sua Igreja, portanto, podemos estar cientes que gozamos também hoje de sua atenção ,cuidado, além de estarmos sob o controle e o Senhorio do Rei dos Reis do Senhor dos Senhores.
Vamos saber mais um pouco dessa figura espiritual – “Os sete castiçais de ouro”
O castiçal, é símbolo da Igreja. O Castiçal é também chamado de candelabro ou candeeiro, é um tipo de lamparina, com vários tubos, cheios de azeite, em cujas extremidades ficam os pavios a serem acessos. A utilização do castiçal é a iluminação.
Portanto, a Igreja que é o castiçal, ela existe, não como ornamento e ou enfeite, mas para ser luz do mundo. Entretanto, isto não acontecerá a não ser que Ela ( Igreja ) com seus vários tubos desobstruídos de sujeiras, ou seja, que seus membros estejam limpos de toda imundícia do mundo, e cheios de Azeite, ou seja, estejam seus membros cheios do Espírito Santos de Deus.
Só existe Luz quando há fogo no Castiçal, então, a Igreja só é luz no mundo quando seus membros estão limpos, cheios do Espírito Santo, e portanto, há Fogo no Castiçal, isso indica a presença de Deus e que algo esta sendo consumido, queimando.
Perceba os irmãos que podemos pressupor neste momento algum tipo de sofrimento, algum sacrifício nesse processo. É importante lembrar ainda que o castiçal é de ouro, e isso mostra o valor que as Igrejas ( Eu e Você ) temos diante do Senhor.
Ponto comum de todas as cartas: “O senhor afirma conhecer a vida da Igreja”
Apocalipse 2:19 “Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé e a tua paciência.”
Este ponto comum de todas as cartas mostra que o Senhor conhece a Igreja, isto significa que nada escapa à percepção daquele cujos olhos são como chama de fogo: Ap 2:18 “..tem seus olhos como chama de fogo..”, com isso fica claro que Ele contempla tudo o exterior: obras, serviços e também o interior: o amor, a fé e a paciência.
Portanto, ele vê o que a Igreja faz ( obras, serviços ), e também o interior: ouve o que falamos e sabe o que somos (amor, fé e paciência).
Isto ficou evidente nas cartas, ele conhecia cada uma delas por fora e por dentro, e com isso ele nas cartas chama a atenção para a incoerência que ele observa nas Igrejas, pois existia incoerência nas Igrejas entre os atos, as palavras e o ser.
E isto deve chamar a nossa atenção também!! Pois isto acontece conosco que fazemos parte da Igreja dos nossos dias!!!
Vamos observar isto na utilização da conjugação do verbo “ ser “, nas formas “ são “ e “ és “ no livro de Apocalipse 2: 2 e 9 e 3: 9.
A Incoerência do fazer e do ser
Percebam que as Igrejas, em geral, faziam muitas obras, mas o amor e a fé nem sempre eram correspondentes. Encontramos as palavras “ obra “, “ serviço” e “ trabalho “ no livro de Apcalipse capítulo 2: 2-3, 5-6, 13,19, 22-23, 26 ; 3:1-2, 8, 15.
Quase todos esses versículos se referem às boas obras, mas, em alguns casos, o Senhor está cobrando a essência, a motivação correta. Na Igreja de Éfeso, por exemplo, o trabalho era abundante, mas o primeiro amor tinha sido abandonado. Quando a obra está destituída da fé, as ações são regidas pela religiosidade, por meio de costume, obrigação ou interesse pessoais.
Percebam os irmãos que existe também hoje nas nossas Igrejas incoerência no que diz respeito ao fazer e ao ser: Muitas vezes fazemos boas obras sim, dizemos ao Senhor eis me aqui, estou pronto para o serviço do Senhor, mas nem sempre o amor esta presente naquilo que fazemos, fazemos sim, mas, por medo de sermos punidos, fazemos levados por um tipo de religiosidade, por costume, ou então, por obrigação e levados por algum interesse pessoal!!
A Incoerência do dizer e do fazer
Ao falar as Igrejas o Senhor toca na questão da incoerência das palavras, principalmente o que as pessoas diziam sobre si mesmas, quando, de fato, não eram nada daquilo que falavam de si mesmas.
Era o caso daqueles que diziam ser apóstolos (Ap.2:2), e não eram, daqueles que diziam ser judeus(Ap. 2.9: 3;9 ), e não eram, de Zezabel que se dizia ser Profetiza (Ap. 2:20), mas não era, ou da Igreja de Laudicéia que se dizia rica ( 3:17), mas era pobre, desgraçada, ou seja ( sem a graça ).
Percebam que incoerência no dizer e fazer também esta presente nas Igrejas dos nossos dias, muitos hoje se dizem Apóstolos, mas não agem com tal estão só preocupados em angariar recursos para suas Igrejas e ficarem conhecidos na mídia, internacionalmente e nacionalmente, muitos hoje se dizem Judeus ( Filhos de Deus ), mas não agem como tal sendo cumpridores dos seus deveres com tal.
Muitos se levantam dizendo-se ser profetas de Deus e sai por aí trazendo não profecias mas sim profetadas, levando o Povo a cometer erros terríveis, muitos tem se achado poderosos, ricos, pois tem muitos templos espalhados pelo Brasil pelo mundo, templos suntuosos, mas infelizmente são pobres, nus, sem a graça de Deus.