O que somos no deserto

Deserto conforme o dicionário Aurélio = Região de terreno arenoso e quase de todo seca, sendo de fraca densidade populacional ( sem muita gente)

Qual o significado do deserto na vida do Cristão?

O que pode haver de bom em um deserto?

E nós o que somos no deserto?

É interessante notar que o deserto, seja como um espaço geográfico ou como um a figura de linguagem, está sempre presente no relato Bíblico. A palavra deserto aparece 337 vezes na Bíblia. Palavras relacionadas a deserto, como deserta ( 11 x ) desertas ( 8x) e Desertos (21x) num total de 377 referencias.

É no deserto que encontramos grandes homens da Bíblia evidenciando seu papel e demonstrando quem seriam, na realidade, no plano redentor de Deus para o seu povo.

Abraão foi levado ao Deserto para oferecer Isaque, seu único filho, o filho da promessa como sacrifício vivo ao Senhor, e ali aprendeu a confiar ainda mais no Deus que tudo provê.

Moisés foi conduzido ao deserto para presenciar a sarça ardente, acontecimento que prenunciava a permanente presença de Deus entre o povo que seria liberto do Egito.

O povo hebreu passou 400 anos cativo e, após sua libertação experimentou 40 anos de peregrinação no deserto, onde recebeu orientações e desenvolveu princípios que o tornaria um diferencial entre as nações à sua volta.

Também encontramos João Batista vivendo no deserto anunciando e preparando o caminho para o Messias, que já estava entre o povo da nação de Israel.

Paulo partiu para o deserto após sua conversão, e após reconstruir sua teologia, voltou para Damasco, pronto para pregar aos gentios.

O próprio Filho de Deus foi conduzido ao deserto pelo Espírito Santo, para testificar ao mundo que satanás seria vencido de uma vez por todas.

Concluímos então que o deserto não é apenas um lugar de provação e tribulação, mas, acima de tudo, é também o local onde Deus espera que sejamos preparado para mostrar ao mundo (figura do deserto) a excelência de seu Poder e Soberania.

O que de fato somos no deserto:

  • Resmungões;
  • murmuradores;
  • repletos de lamentos;
  • ou será que somos ferramentas nas mãos de Deus para transformar a sequidão e o ermo?

Vamos acompanhar o profeta Isaias e ver o que, de fato, somos no deserto.

O Deserto em nossa vida:

Oséias 13:5 – “ Eu te conheci no deserto, em terra muito seca”

Antes de qualquer coisa, para que possamos compreender plenamente o que somos no deserto, é necessário que primeiro saibamos o que ele é.

Segundo o registro das Escrituras, o deserto, além de ser um local de sequidão e escassez, é também, uma região improdutiva, infrutífera e impossível de promover vida abundante.

Nada encontramos no deserto, nada proporciona alegria ou prazer, nada é capaz de amenizar a dor ou consolar o espírito.

Há apenas o cenário sem condição para hospedar, em que não se pode viver ( inóspito)

No entanto, também podemos considerar alguns pontos sobre o que o deserto não é?

1º) – O deserto não é um lugar onde somos deixados abandonados por Deus, para que sejamos alvo fácil para ação de satanás, A segunda geração dos filhos de Israel, viveu no deserto, recebeu de Deus esta promessa:

“ E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus, te guiou estes quarenta anos” Dt 8:2.

 E nós também temos a promessa:

“ E eis que estou convosco, todos os dias” Mt 28:20.

Entenda bem: O Senhor não para de agir em nossa vida só porque estamos no deserto. Ele nos conduz por este lugar, e sem Ele, nunca chegaríamos ao outro lado.

O deserto não é um lugar aonde somos deixados em repouso, de reserva, como em uma prateleira aguardando até que o Senhor volte a usar-nos,

Não é assim que Deus age conosco.

Ao contrário, o deserto é um local em que Deus age constantemente em nós

Assim  como não conseguimos ver o céu que está oculto por nuvens, o mesmo acontece com o deserto: é difícil ver a mão de Deus agindo sobre nós quando estamos nele.

2º) – O que deve ficar bem claro é isto:

O deserto não é lugar de derrota, mas sim de vitórias para aqueles que obedecem a Deus.

Jesus, fraco e faminto, sem alguém a quem recorrer ou que o encorajasse, e sem nenhum conforto ou manifestação sobrenatural, foi atacado pelo diabo no deserto, ao final de 40 dias ali, Jesus derrotou satanás usando a Palavra de Deus.

O deserto não é o lugar de onde os filhos de Deus saem derrotados; é lugar onde os filhos de Deus saem vitoriosos.

2Co 2:14 “ E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo”

Enquanto peregrinava no deserto, o povo de Israel era constantemente hostilizado pelas nações ao redor.

A ordem era: LUTEM !!!   os Israelitas derrotaram os amorreus (Num.21:21-25) e o povo da Basã (Num.21:33-35) e os midianitas (Num.31:1-11)

Se o propósito de Deus para eles fosse a derrota, Ele não ordenaria que defendessem sua posição.

Muitos não conseguiram entrar na Terra  Prometida, pois morreram antes. No entanto, não era isso o que Deus pretendia; as mortes ocorreram por cauda da desobediência do povo.

Ficou claro que a razão do deserto em nossa vida não é porque fomos desaprovados, ou porque estamos sendo punidos por Deus?

O deserto tão pouco é o local aonde Deus nos leva e deixa-nos vagando sozinhos.

O deserto sim é um lugar de vitória, se apenas obedecermos e crermos em Deus.

Agora vamos esclarecer do que se trata o deserto:

Homens e mulheres passaram por este lugar como uma maneira de serem capacitados por Deus, para cumprirem seu propósito.

O deserto não significa rejeição, mas preparo divino.

Vamos aprender, que os eventos e as profecias do AT são prenúncios da aliança feita por Jesus Cristo no NT.
Vamos aprender a maneira de Deus agir e tratar conosco.

Em Mt.5:17 Jesus disse:

“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas, não vim ab-rogar, mas cumprir”.

O Espírito Santo lança luz sobre as Escrituras, revelando os mistérios do AT, ocultos em Cristo.
Ao ler o AT vemos exemplificados as verdades do NT.

Por exemplo: Em 1CO 10:11 encontramos : “Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados, os fins dos séculos”;

Em outras palavras: Deus quer que nos beneficiemos das experiências dos patriarcas e dos profetas.

Muitas profecias do AT se cumpriram ao longo da história, mas isso não tira delas o mérito de servirem hoje de exemplo para nós. Uma coisa não invalida a outra.

O que é então o deserto para nós?

a) Para os crêem e temem ao Senhor, o deserto pode ser considerado o lugar em que se recebe o chamado de Deus. Após receber a visão de Deus no deserto, por meio da sarça ardente, Moisés conheceu o chamado para tornar-se aquele que conduziria o povo de Israel rumo à libertação do Egito. Da mesma forma. No deserto, somos preparados para ouvir o chamado de Deus ( o que Deus tem para nós).

b) O deserto é o local onde encontramos a nós mesmos. Nós nos redescobrimos nesse lugar, e a existência passa a ser percebida com  um verdadeiro sentido de ser. È nessa situação que podemos estabelecer um propósito para nossa vida, tendo a profunda convicção de que vivemos para a Glória de Deus. Rm 11:36 “ Porque Dele, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; Gloria, pois, a Ele eternamente. Amem!

c) O deserto é o lugar onde somos capacitados espiritualmente. As tentações nos induzem a usar nossa vida para nossos próprios propósitos. Assim, quando somos tentados, somos forçados a envolvermo-nos com nossas metas. Situações da vida querem até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar nossos desígnos  (nossos planos, nossos projetos). Contudo devemos olhar para Jesus. 2Co 1:3-4 “ O Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação, que nos consola em toda nossa tribulação para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus “

d) O deserto é o lugar onde somos firmados no chamado de Deus. Quando estamos nele, a força e as condições das  circunstancias, alem do estabelecimento de prioridades significativas para nossa vida espitirual, levam-nos a renovar nossa viver. Assim, o deserto, que a princípio seria um lugar de exaustão e queda, passa a ser um ambiente em que o verdadeiro sentido da vida é valorizado. Reconhecemos nossa identidade,  como filhos deDeus.

2Co 2:15 “ Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”.

e) Finalmente o deserto é o local onde demonstraremos a nós mesmos, ao mundo e ao inimigo de nossas almas, que somos criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Ef. 2:10. è na seguidão do estio que seremos capazes de mostar que estamos firmess e alicerçados no Senhor, frutificando no ermo e exibindo o cumprir da promessa contida em Isaias 41:18: “ Abrirei rios em lugares altos e fonte no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de águas e a terra seca em mananciais”

Pontos importantes para se conseguir passar pelo deserto:

  1. Confie em Deus. No deserto Deus realiza vários milagres, no deserto Deus nos guarda e nos livra de toda e qualquer cilada do inimigo;
  2. Fortifique-se. No deserto, passamos por uma série de situações que nos deixam cansados e fracos, por isso o fortalecimento espiritual é importante.
  3. Creia. Deserto é lugar de milagres ; Deserto é lugar de sustentação. No deserto Deus está contigo.

No deserto aprendemos a ouvir a voz de Deus. O deserto é um lugar em que Deus fala e nós ouvimos. Com isso aprendemos a ser  humilde.

Deut. 8:2 lemos:

“O  Senhor levou Seu povo para o deserto para fazê-lo humilde.”

Ou seja, o deserto é uma lixa de Deus, que remove a espessa camada de orgulho com a qual nos revestimos nos momentos de prosperidade.

No deserto, aprendemos também a lição do autoconhecimento, porque este lugar revela quem somos.

Deus jamais nos põe na fornalha ardente do deserto para destruir-nos. Ele apenas nos refina e nos torna melhores.

Mesmo que o deserto tipifique lugar de tribulação, sofrimento e adversidades, ele também representa nossa trajetória aqui na terra, rumo a Canaã Celestial.

Deus afirma que nos plantará no deserto como árvores Suas, que acabem por transformar esse local e modificar a paisagem.

Quais são essas árvores que Deus plantará no deserto e que significam cada um de nós?

Saiba também quem nós seremos no deserto.

Árvores plantada no deserto

Isaias 41:19 “ Plantarei no deserto o cedro (madeira útil) e a Árvore de Sita (sita ou acácia, árvore ornamental) e a murta ( arbusto para compor cercas vivas) e a oliveira (azeitona-óleo); conjuntamente, porei no ermo (deserto) a faia (árvore ornamental) o olmeiro (barba de bode, não dá fruto mais sustenta a videira para que dê bons frutos) e o álamo (árvore ornamental de madeira alva e macia).

A)  O CEDRO : Primeira árvore descrita é o cedro. Muito conhecido, ele é citado 41 vezes na Bíblia. É alto e resistente.

O cedro tem:

1- Crescimento Lento Mas Consistente.
Sabemos acerca do Cedro do Líbano que ele cresce devagar, mas chega a atingir a altura de até 40 metros. Nos primeiros três anos de vida, as raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de cinco centímetros. Somente a partir do quarto ano é que a árvore começa a crescer. O Cristão é como o cedro do Líbano, e portanto, tem a promessa de crescer. Ainda que o seu crescimento seja lento conforme a experiência do cedro, ele acontecerá e se tornará visível a todos. A preocupação do filho de Deus, principalmente nos primeiros anos da vida cristã, não deve estar no crescimento em si, mas no lançar das suas raízes.

Lembre-se do fato de que nos três primeiros anos o cedro possui raízes de um metro e meio de profundidade enquanto a planta apresenta apenas cinco centímetros.

Entendemos, portanto, que o foco está no lançar das raízes muito mais do que nas evidências externas. Notamos muitas pessoas preocupadas porque não percebem que estão crescendo espiritualmente. Provavelmente estejam esperando frutos visíveis, ministérios estabelecidos, ou alguma evidência externa de que estão crescendo em Deus. No entanto, como o cedro, não deveríamos estar tão focados nessas evidências externas, se verdadeiramente nos ocuparmos em aprofundar as nossas raízes. Fazemos isso através da leitura da Palavra, da assimilação dos Seus princípios e da devida aplicação na vida prática. A essência da Palavra de Deus é o AMOR. Quanto mais nos exercitamos no Amor a Deus e ao próximo, mais profundas serão nossas raízes, e depois, no seu devido tempo, passaremos a manifestar um crescimento gradativo. “e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (Efésios 3:17-18 )

2. Raízes que Buscam as Águas Profundas
Outra verdade interessante é que o cedro do Líbano é muito resistente e suporta vento e calor. Suas raízes profundas buscam água nos lençóis freáticos e por isso ele não depende de chuva. Assim deve ser o cristão. Para crescer à semelhança do cedro ele não pode viver na dependência dos fatores externos. Ele precisa aprender a aprofundar as suas raízes a fim de buscar alimento e provisão mesmo em condições desfavoráveis de seca, calor e ausência de chuvas. Há quem diga que deixou de crescer espiritualmente por causa da falta de espiritualidade da sua igreja local. Às vezes nos queixamos da própria família por não nos propiciar as condições favoráveis para o êxito em alguma área da vida.

Nas mais diversas ocasiões, se nos descuidarmos, estaremos sempre achando um bode expiatório para os nossos fracassos. No entanto, o ensino bíblico nos mostra que apesar da ausência de chuvas ou de fatores externos extremamente desfavoráveis, há de se encontrar as águas mais profundas.

Aquelas que se acham quando são buscadas. Não estão na superfície da indiferença nem da preguiça. Não estão no limiar do conformismo ou da apatia espiritual. Elas estão no lugar da fome e da sede de Deus. Elas se encontram no lugar do desejo de ser alguém para Deus e para o mundo.

 “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13 )

3. Raízes Que Abraçam a Rocha
Há informações de que toda raiz quando cresce muito e atinge a rocha pára de crescer. No caso do cedro do Líbano a raiz continua a crescer em volta da rocha, abraçando-a. Enquanto algumas raízes vêem na rocha um impedimento para a sua expansão, para o cedro, justamente o contrário. Quanto mais abraçado à rocha mais firme ficará. Para muitos o encontro com a rocha fará cessar o seu crescimento. Refiro-me aos que vivem fora da Palavra de Deus. Eles vão crescendo e desenvolvendo seus projetos pessoais até esbarrarem em Cristo e em Seus imutáveis princípios. Não podem prosperar à maneira de Deus porque seus métodos, fórmulas, motivações e ações são condenados por Ele.

O cedro é símbolo de força e rigidez, o cedro fornecia valioso tipo de madeira para a construção de palácios e templos. Tanto os pranchões, o madeiramento, todo o forro interno e entalhes para a construção do templo, como as madeiras para a casa do bosque, eram de cedros ( 1 reis 6:9,10,18; 7: 2,7).

Desta árvore também se faziam mastros de navios e outras peças que exigiam resistência.

O cedro também considerado uma madeira profundamente aromática.

O Cedro tipifica a força e a grandeza que devem ser atribuídas a nós quando estivermos no deserto.

Sua rigidez e resistência devem ser refletidas por nós ao enfrentarmos as tempestades da vida e ao depararmo-nos com os vendavais que sopram sobre nós.

A majestosa presença do cedro com seus quase 40 metros de altura, deve ser uma característica de quando estivermos no deserto.Força, resistência e nobreza de caráter e conduta, servindo de exemplo a todos que estão ao nosso redor.

Sejamos como o cedro, que não cresce desordenadamente, mas sim, de maneira uniforme e altaneira, objetivando apenas alcançar elevadas alturas.

b) A SITA (madeira de cetim) ou acácia. 

A segunda árvore mencionada por Isaias é a sita, mais conhecida como acácia.

Esta era muito utilizada devido as suas qualidades específicas e principalmente ao fato de ser resistente à putrefação(apodrecimento).

Isto simbolizava a pureza e perenidade.

A Bíblia é rica em alusões à madeira de acácia, empregando-a em vários usos sagrados.

Foi com a madeira de acácia que foram construídos os elementos mais sagrados para os Israelitas. Vejamos o que determina o livro de Êxodo sobre a construção do Tabernáculo:

Êxodo 25:10 “ Também farão uma arca de madeira de cetim”

Êxodo 25:23 “ Também farás uma mesa de madeira de cetim”

Êxodo  26:15 “ Farás também as tábuas para o Tabernáculo de madeira de cetim”

Êxodo 26:26 “ Farás também cinco barras de madeira de cetim para as tábuas de um lado do Tabernáculo”

Êxodo 27: 1 “ Farás também o altar de madeira de cetim”

Êxodo 27:6 “ Farás também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre.”

Como se pode ver, em função de sua pureza, ela foi empregada abundantemente na confecção das peças do Tabernáculo.

A peça mais importante para os Israelitas, a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus entre eles, era feita de acácia.

Representando a santidade do Senhor e Sua pureza, a acácia tipifica a presença de Deus em nós e a nossa integridade em meio às provações do deserto.

Deus habita em nós ! Você é símbolo da presença de Deus neste mundo.

Assim como a acácia, você não apodrecerá no deserto, mas irá muito além de todas as expectativas, pois foi criado para a eternidade, para chegar incorruptível à Canaã Celestial.

c) A Murta

A terceira árvore que Deus plantará no deserto é a Murta.

Em hebraico ela é chamada de hadass, e ainda hoje cresce nas montanhas perto de Jerusalém.

Eram ramos de murta que os Israelitas levavam à festa dos Tabernáculos.

As grinaldas utilizadas pelas noivas no Antigo testamento eram feitas destes ramos.

Encontramos referencias a esta árvore em Isaias 53:13 “ Em lugar do espinheiro, crescerá a faia e em lugar da sarça, crescerá a murta”.

E em Zacarias 1:11 “ e eles responderam ao anjo do Senhor, que estava entre as murtas e disseram: Nós já andamos pela terra, e eis que toda a terra está tranqüila e em descanso”.

Aqui vemos que a Murta está associada a presença divina.

No entanto, está árvore possui uma característica muito interessante. De sua prensagem extrai-se um óleo aromático muito empregado ainda hoje em perfumaria no oriente.

Assim também devemos ser, mesmo em meio às tribulações da vida.

Quando estamos no deserto, devemos espalhar o bom perfume de Cristo.
Na vida Cristã ao passarmos por lutas e adversidades não pode haver mau cheiro.Não pode haver murmuração, reclamação, nem amargura.

Quando espremido pelas diversas atrocidades do deserto, o verdadeiro Cristão tem de promover admiração nos ímpios, seja pelo bom perfume de Cristo que exala nestas situações, seja pela beleza emanada por ele no ambiente em que vive, graças á sua firme convicção no Salvador Jesus Cristo.

O deserto não irá fazer com que você exale mau cheiro ou que manche o horizonte com sua má conduta.

Neste deserto você será como a Murta, exalando o perfume de Cristo..

Texto; 2Co 2: 14 e 15

“ E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar o cheiro do seu conhecimento.

Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem”.

Deserto

1 – O deserto não é um lugar onde somos deixados abandonados por Deus;

2 – O deserto não é um lugar aonde somos deixados em repouso, de reserva, como em uma prateleira aguardando até que o Senhor volte a usar-nos,

3 – O deserto não significa rejeição, mas preparo divino;

4 – O deserto é o lugar em que se recebe o chamado de Deus;

5 – O deserto é o lugar onde encontramos a nós mesmos;

6 – O deserto é o lugar onde somos capacitados espiritualmente;

7 – O deserto é o lugar onde somos firmados no chamado de Deus;

8 – No deserto Deus fala e nós ouvimos;

9 – O deserto é o lugar onde demonstraremos a nós mesmos e ao mundo que somos criados em Cristo Jesus para as boas obras;

l0 – O deserto sempre é uma escola de Deus.

Isaias 41:18 “E abrirei rios em lugares altos e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de águas e a terra seca em mananciais”.

Como passar pelo deserto:

1 – Confie em Deus – No deserto Deus realiza milagres e nos guarda de toda cilada do diabo.

2 – Fortifique-se – O fortalecimento espiritual é importante.

3 – Creia – deserto é lugar de milagres – Deserto é lugar de  sustentação – No deserto Deus está contigo.

           

O que somos no Deserto:

ÁRVORES PLANTADAS NO DESERTO

Isaias 41:19 “Plantarei no deserto, o cedro e a árvore de sita, e murta, e a oliveira,  conjuntamente, porei no deserto a faia, o olmeiro e o álamo”.

1 – CEDRO: Alto e resistente de sombrosa ramagem e o seu topo estará entre os ramos espessos. (Ezequiel 31:3)

– Crescimento lento, mas consistente;

– Raízes que buscam as águas profundas

– Raízes  que abraçam a Rocha  (Cristo)

– Valioso tipo de madeira para construção de templos e palácios

– Utilizada para se fazer mastros de navios

– Peças que exigiam resistência

– Representa força, nobreza de caráter e conduta, servindo de exemplo a todos que estão ao seu redor.

2 – SITA: mais conhecida como acácia:

– Por suas qualidades específicas era muito utilizada

– Resistente a putrefação (apodrecimento)

– Simboliza pureza e perenidade (eterna)

– Utilizada na construção dos elementos mais sagrados para os israelitas

– Utilizada na construção do Tabernáculo (Arca da aliança / mesa / varais / barras / colocada sobre as colunas / Altar),

– Representa a santidade do Senhor e sua pureza.

– Presença de Deus em nós.

3 – MURTA:

– Os ramos levados pelos Israelitas na festa dos Tabernáculos

– Utilizada na grinalda das noivas (antigamente)

– Está associada à presença divina

– De sua prensagem extrai um óleo aromático  (Devemos exalar o perfume de Cristo).

Isaias 55:13; “Em lugar do espinheiro crescerá a faia e em lugar da sarça, crescerá a murta”.

Hoje vamos estudar sobre a Oliveira.

Esta é a mais significativa e reconhecida de toda a Bíblia.

Possui um significado todo especial para os Israelitas.

Ainda hoje está presente no Brasão do Estado de Israel.

Brasão composto por um menorá ao centro, o candelabro judaico com suas setes  lâmpadas, guarnecido em ambos os lados por ramos de oliveira. Esta imagem é baseada na passagem de Zacarias 4: 2,3

“E a entrada do oráculo fez portas de madeira, a verga com as ombreiras formavam a quinta parte da parede. Também as duas portas eram de madeira de oliveira; e lavrou nelas entalhes de querubins e de palmas, e de flores abertas, os quais cobriu com ouro; e também estendeu ouro sobre os querubins e nas palmas, E assim fez à porta do templo ombreiras de madeira de oliveira,  da quarta parte da parede”.

O que significa a Menorá?

O Senhor não explicou o significado da Menorá, mas deu seu Espírito para que busquemos as riquezas de seu simbolismo, tanto judeu como cristão. Alguns significados:

Sábado e os outros dias da Criação – O Sábado é o último dia da semana: Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação (Gn 2, 1-3). A Menorá simboliza a semana: a lâmpada central é o Sábado, e os seis braços os seis dias da Criação.

Árvore da Vida – “E o Senhor Deus fez brotar do solo toda sorte de árvores de aspecto atraente e de fruto saboroso, e, no meio do jardim, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2, 8-9). Comer desse fruto é a decisão de querer ser igual a Deus, decidir por conta própria o que seja bom ou mal. A Árvore da Vida, em algumas ilustrações, finca as raízes nos céus e seus ramos cheios de frutos se estendem generosamente pela terra. Unidos ao Senhor teremos sempre o alimento que dá a vida.

A Menorá também significa a Árvore da Vida. Ela recorda ao crente que não viverá separando-se do Criador.

O Espírito do Senhor e seus dons – por sua vez, outros rabinos afirmam que, sem sombra de dúvida, a Menorá conduz à visão de Isaías (11, 2), completando a revelação do Senhor a Moisés, nessa ordem: 1 – O Espírito do Senhor (braço central) – 2 e 3 – Espírito de Sabedoria e Inteligência (a cada lado do braço central) – 4 e 5 – Espírito de Conselho e de Fortaleza – 6 e 7 – Espírito de Conhecimento e de Temor de Deus.

Nós cristãos, seguindo essa revelação, contemplamos na Menorá os sete Dons do Espírito Santo.

Paixão e Glória do Senhor – Jesus Cristo é a plenitude da Aliança, tudo nele encontra a plenitude no mistério da Redenção, tudo foi feito por ele, com ele e nele. A Profissão de Fé paulina, num dos mais antigos textos no Novo Testamento (Fl 2, 5-11), explicita a Paixão e Glória do Senhor com os termos de descida e subida.

Com esse entendimento, os braços da Menorá nos trazem a história da Redenção da Nova Aliança. Ao centro contemplamos a Glória de Deus e, a partir da esquerda, o mistério da descida (kênosis): despojou-se da condição divina – assumiu a forma humana de escravo – humilhou-se até a morte de cruz. E, da direita para o centro, o mistério da subida (glória): por isso Deus o exaltou acima de tudo – deu-lhe um Nome diante do qual todos se prostrem – e proclamem Jesus Cristo é o Senhor.

No livro do Apocalipse (1, 16), João contempla o Filho do Homem que “na mão direita tinha sete estrelas e seu rosto era como o sol no seu brilho mais forte”: Jesus carrega a Menorá, e Jesus é a Menorá, unindo numa só as duas Alianças.

E com isso, apenas iniciamos a meditar o símbolo da Menorá, do Candelabro dos setes braços! Nele contemplamos a plenitude do Ser divino, do ser humano e da Criação. E ainda falta muito para nos aprofundarmos em sua riqueza. A vida é breve para tirarmos toda a água desse poço que mata nossa sede.

Bem este é um outro estudo, vamos voltar para àrvore:  OLIVEIRA.

– A pomba que saia da arca de  Noé, voltou a esta trazendo no bico um ramo de Oliveira que havia apanhado quando  as águas do dilúvio baixaram. Gn 8:11 “E a pomba voltou a ele sobre à tarde; e eis arrancada uma folha de Oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado sobre a terra”.

– O ramo de oliveira ficou conhecido como símbolo da paz.

– Esta árvore  simboliza também a abundância, as bênçãos divinas, a beleza e a força.

Lições dos Salmos

A oliveira simboliza, principalmente, a fidelidade e a determinação. O Salmo 52:8 nos diz: “Eu, porém, sou como uma Oliveira que floresce na casa de Deus; confio no constante amor de Deus para sempre e eternamente”.

Independente das condições: quente, seco, frio, úmido, rochoso ou arenoso, a oliveira viverá e produzirá fruto. Diz-se que, não é possível matar uma oliveira. Ainda que cortada e queimada, novos ramos emergirão da raiz. Estes versículos nos lembram que independente das situações da vida, devemos perseverar como a oliveira na presença de Deus. O Salmo 128:3 diz: “A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa”.

Em Jeremias  11:16 “Denominou-te o Senhor Oliveira verde formosa por seus deliciosos frutos”.

Em Oséias 14:6 “Estender-se-ão as suas vergônteas (rebento, ramo de planta de certo porte) e a sua glória será como da Oliveira, o seu odor como, o do Líbano”.

Porem a Oliveira possui outras características que muito a identificam com a vida do verdadeiro cristão.

A – Na região de Hebrom e Belém, essa árvore é abundante, podendo ser a única nas circunvizinhanças com certa envergadura.

As oliveiras cultivadas atingem cerca de 6 metros de altura, com um tronco contorcido e numerosos galhos. Além disso, suas raízes poderosas e fortes podem chegar a 6 metros de profundidade, devido à procura por água para sobreviver, ou seja, a oliveira não cresce só a vista de todos, mas também para dentro da terra.

Assim acontece com o verdadeiro cristão que não cresce apenas naquilo que todos vêem, mas, também no profundo relacionamento com Deus,

Ele não necessita ficar evidenciando que é Santo, nem procurando mostrar maior consagração que o irmão. Ele possui raízes profundas, e busca as coisas de Deus com profundidade de entendimento e vontade.

B – A oliveira possui capacidade de renovação. Se ela for decepada, novos brotos nascerão das raízes, a ponto de nada menos do que cinco novos troncos aparecem onde havia apenas um.

Neste aspecto, esta árvore mais uma vez se assemelha ao verdadeiro Cristão.

Quando tirarem alguma coisa de você, é certo que Deus lhe retribuirá muito mais, pós aquilo que arrancam do cristão não diminui, pelo contrário, só cresce. A renovação de vida que o Senhor proporciona a você é semelhante a Oliveira que renasce sempre.

C – A Oliveira é dotada de extrema resistência, podendo sobreviver onde outras poucas espécies conseguem.

A produção de azeitonas é abundante, até mesmo quando as condições são aparentemente adversas.

É uma árvore de folhas duradouras e semidecíduas, ou seja, ela nunca as perde por completo.

No verso de suas folhas, existe uma textura microscopia que protege a árvore da desidratação, recapturando a água e conduzindo-a de volta a folha.

Assim somos nós, sobrevivemos situações em que os ímpios perecem  e a circunstancias em que outros desfalecem.

Somos oliveiras de Deus, permanecemos firmes diante de todas as adversidades.

D – Outro interessante aspecto da Oliveira é que ela exige o mínimo de cuidado para que se torne produtiva.

E mesmo com pouquíssimo trato, uma única árvore é capaz de produzir 75 litros de azeite por ano. (187.500 litros em 2500 anos)

Os ramos são sacudidos ou batidos com varas, a fim de que as azeitonas se desprendam e caiam no chão. Além disso, a floração da Oliveira é tão intensa que mesmo que ela perca centenas de flores por dia, isso não afeta a sua produtividade.

Precisamos ser assim também. Diferente de certos cristãos que precisam ser conduzidos, incentivados e elogiados. Devemos avançar rumo à maturidade em Cristo.

Produtivos, independente de elogios ou incentivos que recebemos.Nosso alvo deve ser Cristo Jesus.

E – Outra curiosidade da Oliveira: É uma das poucas árvores que podem atingir séculos de vida.

Existem exemplares na Europa com mais de 2000 anos e na Palestina, estima-se que alguma Oliveira existente  possui mais de 2500 anos.

E você? Será que você imagina que sua trajetória aqui na terra será da noite para o dia. Não. Sua caminhada será longa, apesar das lutas e adversidades à sua volta.

Ainda existe muita coisa a ser feita e ainda haverá muito tempo para a Obra que Deus quer realizar, tanto na sua vida como na vida daqueles que dependem de sua ação.

F – Outra propriedade da oliveira é que ela é usada ainda hoje na fabricação de móveis de qualidade. E sua madeira adquire um elevado polimento, como poucas outras são capazes de apresentar.

Assim somos nós, somos o reflexo de Cristo no mundo.

Onde estivermos, o brilho de Jesus deve manifestar-se. Aonde chegarmos, a luz do Salvador deve ser manifesta.

E o azeite produzido pela Oliveira?

Em todos os aspectos, este é o produto mais conhecido por todos, pois tem múltiplas funções.

Sagrado desde o período da promulgação da lei, este era obtido por meio de múltiplas prensagens da azeitona.

Assim na primeira prensagem, era obtido o azeite empregado no templo, utilizado na adoração.

Na segunda prensagem, o produto resultante era para a alimentação.

Na terceira prensagem fornecia o azeite que era empregado para iluminação.

Na quarta prensagem proporcionava o azeite que era utilizado na purificação.

Os vários empregos do azeite também prefiguram  nosso papel diante de Deus e do mundo.

Primeiro lugar: Fomos feitos para exaltar e glorificar a Deus. Nossa vida tem que glorificar ao Senhor. Esse é nosso papel primordial, tal como a primeira prensagem do fruto da Oliveira.

Segundo lugar:  estamos aqui para produzir alimento, pois o mundo está faminto do alimento espiritual que é a Palavra de Deus.

Devemos anunciar o Pão da Vida, Jesus Cristo o Salvador e Senhor. Por essa razão, nosso papel é importante e urgente na evangelização, para que o mundo saiba que existe abundancia de pão em nós.

Você é Oliveira de Deus no deserto. Você deve crescer, produzir e brilhar a luz de Cristo.

Por meio do seu azeite, vidas serão purificadas e experimentarão um encontro com o Salvador, assim serão transformadas e libertas, desfrutando de uma nova vida.

Entretanto você não deve ser como a oliveira brava, cujo fruto não tem serventia e que para nada serve, senão para ser queimada.

Você não pode ser como esta arvora, cujas folhas caem antes da estação, e, por isso também, tornam-se estéreis.

Seja como a boa Oliveira que produz sempre, a tempo e fora de tempo. Na velhice ainda darão frutos e serão viçosos e florescentes. Slmos 92:14

Texto :

Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem; e tudo quanto fizer prosperará. Slmos 1:3

A FAIA

Isaías 41,19 – Plantarei no deserto o cedro, a acácia, e a murta, e a oliveira; porei no ermo juntamente a faia, o pinheiro e o álamo.

Isaías 55,13 – Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o SENHOR por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.

Isaías 60,13 –  A glória do Líbano virá a ti; a faia, o pinheiro, e o álamo conjuntamente, para ornarem o lugar do meu santuário, e glorificarei o lugar dos meus pés.

Um vocábulo muito estranho para nós, mas trata-se de uma árvore. Muitas traduções usam, invés de faia, a palavra “cipreste”, que certamente é mais familiar.

O sentido nos textos acima é claro: trata-se de uma árvore majestosa, sobretudo do ponto de vista de uma flora muito limitada, como aquela do Oriente Médio. Falar portanto, de faia significa instaurar uma situação positiva. Isaías, nas duas primeiras passagens, diz que essa planta majestosa crescerá no deserto, querendo significar a potência de Deus, que mesmo lá onde não há condições favoráveis, como a água, faz crescer uma árvore assim importante.

A madeira de faia era muito procurada por ser forte e duradoura.

Os portões de Constantinopla foram feitos com esta madeira e duraram por mais de 1000 anos

Também foi de cipreste que e a arca de Noé foi construída. Gn 6:14 “ Faze para ti uma arca de madeira de Gofer (faia).

O piso do Templo de Jerusalém foi feito desta madeira. Ezequiel 27:5 “ Fabricam todos os teus conveses (pisos) de faias de Senir.

Davi mandou fazer instrumentos musicais da mesma  2Sam.6:5 “ E Davi, e toda a casa de Israel alegravam-se perante o Senhor com toda a sorte de instrumentos de pau de faia, como harpas, e com saltério e com tamboris e com pandeiros e com címbalos.

Porem , a faia também possui funções terapêuticas, e duas delas destacamos aqui:
–    Cura feridas na pele
–    Detém  hemorragias.

Então além da força e da durabilidade desta madeira ela também cura o homem.

Assim nós também devemos agir, como cristãos, como árvores plantadas no deserto (mundo). Que sejamos usados pela poderosa mão do Senhor para curar feridas e fazer cessar o sangramento.

Não fomos plantados no deserto para cooperar com a dor e a destruição, promovendo inúmeras feridas em quem está ao nosso redor  e sim para sermos usados pelo Senhor para curar feridas e cessar sangramentos.

Quem é que, ao sentir uma lágrima de dor rolar pela faze, não se sente aliviado ao receber a palavra de consolo que há em Cristo?. E qual é a ferida que permanece aberta quando Jesus estende Sua gloriosa mão, concedendo perdão e cura? Somos embaixadores de Cristo no mundo e, por isso, ungidos  por ele para disseminar cura e salvação aos que sofrem.

O mesmo acontece com o sangramento. Precioso sangue que nos mantém saudáveis, uma hemorragia pode por tudo a perder. Assim, sejamos como a faia, que detêm a hemorragia, impedindo que sejamos tragados pela morte ao perder tão valioso líquido. Que o sangue derramado  por Cristo por nossa redenção capacite-nos a servirmos ao mundo. Que sejamos como a  faia neste mundo. Pois somos árvores plantadas no deserto pelo Senhor.

O OLMEIRO

Também conhecido como Olmo, esta árvore é muito usada na carpintaria e tem como maior característica sua forte resistência e flexibilidade.

Suporta grandes impactos, porém, mantém-se flexível. Os mais fortes ventos que abatem um olmeiro têm apenas o mesmo efeito que vemos quando atingem uma palmeira, ou um bambuzal, tão comuns entre nós. O olmo se dobra, enverga, mas não quebra.

O olmeiro é muito interessante porque ele não dá fruto nenhum,  mas a videira que produz a uva se pendura no olmeiro, então o olmeiro é uma planta que serve de suporte para outras.

Será que podemos afirmar que também somos assim?

Existem pessoas que demonstram imensa resistência; são fortes e seguras.Mas também são inflexíveis. Não cedem em nada, não moderam e são rígidas demais. Contudo quando os vendavais das adversidades as abatem, não resistem e quebram, tomando ao chão como gigantes.

Outros são maleáveis. Possuem plena consciência de que servem àquele que é manso e suave, e a quem todas as tempestades obedecem. Esses são gigantes da fé, também fortes e seguros. No entanto, eles são flexíveis, e, quando as lutas  e dificuldades vem sobre eles, curvam-se diante de Deus, humildes, até que elas passem. E são muitas as tribulações. São muitos os golpes sofridos: golpes da vida, desferidos pelos ímpios, pelos irmãos, pelos da nossa própria casa.

Mas, assim como o  olmeiro, tornamo-nos cada vez mais fortes, pois até podemos dobrar-nos diante das tempestades, mas não nos deixamos vencer. Antes, vencemos o mal com o bem!.

Que você e eu sejamos suportes para outras pessoas, falando de Jesus, da Salvação e das suas Promessas para nós.

Somos os olmeiros de Deus neste vasto deserto da vida !

O ÁLAMO

Apesar de pouco citado na Bíblia, há referencias apenas em Gênesis  30:37, Isaias 41:19 e Oseias 4:13 .

O  álamo é uma árvore rica em significados e também tipifica o que Deus quer que sejamos no deserto.

Pode atingir até 18 metros de altura e destaca-se pela excelente sombra que produz devido à sua densa folhagem.

Foram gravetos desta árvore que Jacó utilizou para produzir crias de determinada cor em sua  demanda com Labão, seu sogro.

Gen 30:37 “ Então tomou Jacó varas verdes de álamo, e de aveleira e de castanheiro, e descascou nelas riscas brancas, descobrindo a brancura que nas varas havia”.

O álamo possui um sistema de raízes que formam uma intensa malha no solo. Estas, muitas vezes dão origem a novas árvores, e por esta razão, os álamos podem sobreviver a fogos intensos.

Outra característica marcante é a beleza ornamental. Observe o bosque de álamos acima.

É extremamente belo um bosque de álamos. E sua beleza ornamental é acentuada pela destacada sombra que esta árvore proporciona.

Diferentes dos pinheiros, que preferem a sombra, os álamos gostam de calor. E diferentes dos carvalhos, cujas raízes se aprofundam, as dos álamos se espalham e entrelaçam-se com outras raízes, partilhando, assim, os mesmos nutrientes.

Os álamos amam a luz. compartilham raízes. Isso nos faz lembrar uma igreja saudável.

Deus nos planta no deserto para que sejamos como álamos: resistentes ao calor e ao fogo, e com uma beleza exemplar que, além de tudo, proporciona uma boa sombra. Suportamos o fogo intenso, o incêndio devastador.

Apesar de extremamente destrutivo, o fogo não nos consome. Tal como Paulo descreve, assim somos nós também:

2 Coríntios 4: 8,9 “ Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos”.

Assim devemos ser no deserto. Por mais dura e destrutiva que seja a adversidade que estejamos vivendo, ela não tem o poder de consumir-nos, pois suportamos o fogo intenso.

Façamos a diferença neste deserto, exibindo a beleza que existe em nós, graças à dedicação que apresentamos ao Senhor.

Onde estamos, onde vivemos, a beleza e a paz de Cristo se instalam.

Em meio à corrupção e à degeneração do mundo, nós devemos apresentar a beleza e a paz que só Jesus proporciona.

Quando você chega ao seu ambiente de trabalho, na escola em que estuda, na residência de um amigo ou até no mercado em que faz compras deve sempre acontecer: o ambiente se transforma, a paz e a alegria se instalam, pois a beleza de Cristo habita em você.

Como vemos o jardim de Deus proposto no texto de Isaías não é apenas decorativo, tem sua beleza e sua utilidade, e é exatamente esta a proposta do Deus criador para nossas vidas, dar ao ser humano  beleza e funcionalidade, nos tornar úteis para a sociedade, dando a cada um importância e beleza.

Deus designou que cada um de nós se apresente como marcos diferenciais que podem modificar a tórrida paisagem existente  de qualquer lugar.

Quem nos plantou no deserto? O Senhor

E esta é a garantia de vitória do nosso Semeador.

Assim, atenderemos ao que diz a Palavra:

“ Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador. Eu sou a videira, vós as varas, quem está em mim e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer “ João 15:1,5.

“Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.”
Tiago 5:7

Sejamos cuidadosos em produzir o precioso fruto esperado pelo lavrador que cuida de nós, entregando a ele o resultado daquilo que formos na aridez deste mundo. Devemos ser produtivos.

Cada árvore plantada no deserto apresenta uma determinada capacidade produtiva. Nenhuma delás é improdutiva, inútil ou sem serventia.  Fomos chamados para produzir…..

“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, afim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda”. João 15:16

Não estamos aqui para que sejamos parasitas. Não estamos aqui somente para receber ou desfrutar.

Nosso papel é ser produtivos,  para o Reino de Deus.

Deus tem água para regar-nos para acabar nossa sede.  E a água é  JESUS, a água da vida.

Você é árvore plantado no deserto.

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